sexta-feira, 18 de junho de 2010

Amor é um livro
Sexo é esporte
Sexo é escolha
Amor é sorte

Amor é pensamento, teorema
Amor é novela
Sexo é cinema

Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa
Sexo é poesia

O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é para sempre
Sexo também
Sexo é do bom...
Amor é do bem...

Amor sem sexo,
É amizade
Sexo sem amor,
É vontade

Amor é um
Sexo é dois
Sexo antes,
Amor depois

Sexo vem dos outros,
E vai embora
Amor vem de nós,
E demora

Amor é cristão
Sexo é pagão
Amor é latifúndio
Sexo é invasão
Amor é divino
Sexo é animal
Amor é bossa nova
Sexo é carnaval

Amor é isso,
Sexo é aquilo
E coisa e tal...
E tal e coisa...

Amor e sexo - Rita Lee. Álbum: Balacobaco, 2003.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Atenção diferenciada à sexualidade do adolescente


Após assistir a uma mesa redonda no Instituto de Medicina Social (IMS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), eu comecei a repensar a sexualidade do sujeito adolescente como um direito, que deve romper com a visão reducionista com que a temática é tratada na maioria das vezes. Reducionista no que tange a somente a abordar o sexo visando a prevenção de doenças dentro da conceituação de vulnerabilidade do adolescente, colocando-os como que em uma faixa de risco por sua inexperiência.

Com a promulgação no ano de 1990 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Brasil se igualou com o que havia de mais moderno no mundo nas questões de “sujeitos de direitos” dos adolescentes. O que me faz pensar: se o adolescente é por lei aprovada e regulamentada um sujeito de direito, porque não existem mais locais que divulguem textos, estudos, que coloquem para este grupo a pauta de direitos sexuais?, e, relembrando a riquíssima discussão havida, vêm outra indagação: porque só ver o adolescente como um ser vulnerável, e devido a uma inexperiência, como suscetível a contrair doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e não tentar quebrar alguns paradigmas na tentativa de evoluir e obter maior resolutividade nas ações voltadas para este grupo?

Entendam que não coloco em momento algum que a prevenção das doenças sexualmente transmissíveis não devem ser abordadas, ao contrário, são de suma importância, mas proponho que se pelo ECA o adolescente é visto como sujeito, e todos os sujeitos implicam questões de subjetividades deve haver menos “questões prontas” como o é simplesmente ensinar a colocar a camisinha, complementando com algo além. Afirmo isto, sem a resposta do que seria este “algo além”. Como expus anteriormente compartilho com os leitores deste texto minhas dúvidas, traduzidas em singelas indagações a respeito do tema, entretanto tenho convicção do que penso, pois se somente esta visão reducionista do saber biomédico tradicional fosse resolutivo não haveriam índices tão significativos de infecção por HIV / AIDS e outras DSTs nesta faixa etária, e não aconteceriam às gestações ditas indesejadas em meninas deste grupo etário.




Além de tudo isso ainda veio mais uma questão possivelmente polêmica: as“gestações ditas indesejadas”. Ao leitor pode soar estranho a palavra “ditas” no meio da frase anterior, já parece um tanto quanto óbvio para o senso comum que toda gravidez na adolescência é de fato indesejada. Será? Em estratos socioeconômicos mais baixos algumas vezes a gravidez é colocada até como um fator de status social dentro de sua comunidade.

A redução do ser é tão grande que o adolescente tende a enxergar sua sexualidade somente dentro dos termos violência, reprodução e heterossexualidade, e quando algum ou alguns destes pontos são confrontados as crises vêm à tona.

Há que ter menos normatização das questões relacionadas à sexualidade, com olhar mais amplo sobre a subjetividade daquele sujeito alvo para que se alcance resultados efetivamente positivos no que toca aos programas voltados para os adolescentes, usando, sobretudo termos que estes sejam capazes de compreender.


Texto escrito no ano de 2008 para monitoria da Disciplina de Promoção à Saúde Mental do Curso de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Música


Depois de um tempo sem aparecer para postar algo no blog, por pura falta de criatividade, resolvi colocar mais uma música. Desta vez algo do Los Hermanos. Pois bem, depois da postagem, como é de praxe, fui visualizar o geral do que já tinha colocado neste espaço. E veja só! Todas as minhas falas estão relacionadas com letras de grandes nomes da música nacional. Compreendi neste momento que a música, pra mim, é mais do que lazer, do que algo que pode me distrair. Entendi que a música faz parte do que eu sou, do que eu sinto e que através dela consigo me comunicar com as pessoas na tentativa de explicar o que eu penso e como lido com algumas questões da vida. Tá aí (!), parece que finalmente consegui encontrar explicação pra um blog que só contém algumas fotos e composições musicais.
Deixo tudo assim
Não me importo em ver
A idade em mim
Ouço o que convém
Eu gosto é do gasto

Sei do incômodo
E ela tem razão
Quando vem dizer
Que eu preciso sim
De todo o cuidado

E se eu fosse o primeiro
A voltar pra mudar
O que eu fiz
Quem então agora eu seria

Ahh tanto faz
E o que não foi não é
Eu sei que ainda vou voltar
Mas eu quem será?

Deixo tudo assim
Não me acanho em ver
Vaidade em mim
Eu digo o que condiz
Eu gosto é do estrago

Sei do escândalo
E eles tem razão
Quando vem dizer
Que eu não sei medir
Nem tempo e nem medo

E se eu for o primeiro
A prever e poder
Desistir do que for dar errado

Ahhh ora se não sou eu
Quem mais vai decidir
O que é bom pra mim
Dispenso a previsão

Ahhh se o que eu sou
É tambem o que eu escolhi ser
Aceito a condição

Vou levando assim
Que o acaso é amigo
Do meu coração
Quando fala comigo
Quando eu sei ouvir

O moço e o velho. Los Hermanos. Albúm: Ventura, 2003.

quinta-feira, 3 de junho de 2010


"Quem me dera, ao menos uma vez,
Como a mais bela tribo, dos mais belos índios,
NÃO SER ATACADO POR SER INOCENTE"


Índios. Legião Urbana - Álbum: Dois.


terça-feira, 1 de junho de 2010




















"Diga que me odeia / Mas diga que não vive sem mim/Eu sou uma praga/Maria sem vergonha do seu jardim (...) Toda mulher quer ser amada / Toda mulher quer ser feliz / Toda mulher se faz de coitada / Toda mulher é meio Leila Diniz".