terça-feira, 24 de agosto de 2010

1665


Atualmente estou lendo o livro "Espinosa - Filosofia prática" de autoria de Gilles Deleuze. Neste, o autor faz uma análise sobre as obras de Baruch Espinosa, um filósosfo holandês, ex-judeu, nascido no ano de 1632. Dentre as várias passagens que me chamam atenção no referido livro, esta (que é original do livro de Espinosa "Tratado teológico-político" - 1665) me fez pensar e repensar sobre a religião predominante, nosso sistema político, no sistema político que alguns militantes de esquerda almejam alcançar (não, eu não sou da direita) e no funcionamento da nossa sociedade como era, como ainda é e em como está sendo desenhada a sociedade que ainda será:

"[...] por que o povo é profundamente irracional? Por que ele se orgulha de sua própria escravidão? Por que os homens lutam "por" sua escravidão como se fosse sua liberdade? Por que é tão difícil não apenas conquistar, mas suportar a liberdade? Por que uma religião que reivindica o amor e alegria inspira a guerra, a intolerância, a malevolência, o ódio, a tristeza e o remorso?"


Como a busca por algumas respostas para estas questões me inquietou ao ponto de surgirem na minha mente várias vezes durante o dia de hoje, resolvi compartilhá-las com os demais, torcendo para que na cabeça daqueles que lerem estas indagações, estas também sejam pertubadoras o suficiente para que haja o surgimento de alguma potência, em forma de livre-pensamento, a fim de refletir sobre o que éramos, o que somos e o que queremos ser.


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